A falsificação de produtos não é uma pratica recente, em 1875, a empresa Moreira & Cia produzia e comercializava o rapé areia parda, semelhante a famosa marca da empresa Meuron & Cia, chamada rapé areia preta.
Para compreendermos melhor a situação, rape é um pó resultante de folhas de tabaco torradas e moídas, por vezes misturadas a outros componentes. O hábito de consumir rapé era bastante difundido no Brasil até ao início do século XX.
Na época, a empresa Meuron & cia buscou na justiça o direito de frear a comercialização da marca. Já a empresa Moreira & cia insistia que não poderia se tratar de uma cópia tendo em vista que o produto não era falsificado, mas parecido.
Dessa forma, a empresa Meuron & cia contratou o jovem advogado, Ruy Barbosa, que já enxergava os danos que uma falsificação poderia causar a empresa e ao consumidor lesado. Embora tenha vencido em primeira instancia, na época não existiam leis especificas para tratar do assunto em questão, por essa razão o processo foi anulado.
Em consequência disso no mesmo ano do famoso caso, surgiu o decreto 2682/1875, que versava sobre a proteção das marcas e foi a primeira lei sobre marcas no Brasil.