A ideia de marca não é recente, pois desde o princípio é notória a intenção do homem em dar prestígios a sua criação. Acredita-se que até o fim da idade média as produções e criações não eram protegidas, dessa forma, eram guardados em segredo. Geralmente as invenções passavam de forma hereditária e não eram apresentadas ao mundo.
Com a chegada da burguesia comercial, a ideia de marca se desenvolveu, o aumento do número de produtores refletiu na necessidade de proteger as criações e diferenciar a origem dos produtos . O renascimento cultural trouxe consigo a primeira lei das patentes em Veneza, foi o marco para elaboração de novas medidas de proteção às invenções.
No Brasil, a reflexão sobre a necessidade da proteção de marcas começou quando a marca Moreira & Cia lançou no mercado o Rapé Areia Parda, que se assemelhava com Rapé Areia Preta, produzido por Meuron & Cia, o caso ocorreu em 1874. Rui Barbosa atuou pela empresa Meuron & Cia. Embora todos os indícios dariam a vitória à empresa, o caso foi arquivado por não existir lei que tratasse o caso como crime. Foi então que o Decreto nº 2.682, de 1875, começou a tratar sobre os direitos das marcas e possuía algumas características que ainda existem na lei atual, como prever a existência de um mandatário especial ou procurador.
A revolução industrial caminhou junto com o capitalismo e colocou em xeque a importância de proteger as invenções, uma vez que houve imersão das máquinas, energia motriz e sistema fabril. A partir do desenvolvimento tecnológico, surgiu a necessidade de equiparar as leis sobre proteção de propriedade intelectual no âmbito mundial. Foi nesse período que vários países passaram a ser signatários de acordos bilaterais, como o de Paris, que versa sobre a padronização das normas sobre marcas e outras propriedades industriais. Posteriormente, outras convenções foram pactuadas, como Nice, Cingapura, Viena e Madrid.
Ao longo do tempo, as marcas ganharam cada vez mais importância no âmbito global. Grandes empresários protegem suas marcas e buscam avanços e acordos entre os países. Atualmente, a marca mais valiosa Amazon, custa US$ 315,5 bilhões e possui concorrentes dispostas a superar tal valor. Isso mostra como a marca é o bem mais valioso da empresa. As marcas, no século XXI, são sinônimo de status e diversas vezes são procuradas por consumidores, não somente por sua qualidade, mas também por ser forma de exibir um alto padrão social.